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Apenas um menino que gosta de escrever sobre o que sabe e o que pensa. Sobre sonhos conscientes e inconsciente. Sobre a vida em geral e sobre uma vida distinta. Não sou como uma caixa, tenho vários lados, alguns desconhecidos até por mim.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Persépolis - Marjane Sapati

Conta a história de uma iraniana, Marjane.O livro se passa em meio à história do Irã contemporâneo através da vida de uma criança com grandes ambições, como por exemplo, ser a última profetisa da galáxia, para assim salvar o mundo. Ela e sua família sofreram com a revolução islâmica. Querida pelos pais, cultos e modernos, e adorada pela avó, ela acompanha avidamente os acontecimentos que conduzem à queda do xá e de seu regime brutal.
A infância de Marjane é marcada pelas figuras de familiares que lutaram contra o sistema dominante. Ela só tinha nove anos, quando vê as revoluções libertarem os prisioneiros dos calabouços do regime do Xá e acabarem por levar à queda da monarquia, revoluções que contaram com a participação dos pais. A derrubada da monarquia levou à chegada ao poder da República Islâmica. A mesma ataca a maré revolucionária que derrubou o Xá. Anoush, o tio de Marjane que fora libertado das prisões do Xá pela revolução, é novamente preso. Marjane visita-o na prisão na noite anterior à sua execução. Ele fala-lhe da sua convicção na vitória final do proletariado, esse fato é marcante na sua vida; nesse episódio ela se enfurece com o Deus que ela imagina, personagem que aparece em momentos difícieis ou incertos. Se deus representa a luta de Marjane para compreender a realidade, a sua Avó representa o papel da experiência e ela é uma importante presença colorida ao longo do filme, cheia de experiência, mas alegre e bem-humorada, sendo um sustentáculo para a vida de Marjane. Ela, ensina Marjane a preservar a sua integridade. Sempre que Marjane vira as costas aos seus valores por fraqueza ou medo, a Avó enfatiza a importância da perseverança nos princípios de uma pessoa, uma vez que ela viu e sabe que os seres humanos, mesmo na mais difícil das situações, têm escolhas. Claramente, Marjane não é uma criança iraniana comum, seja por seu espírito revolucionário, ou por vim de uma família intelectual com uma existência confortável.
Na Europa Marjane não encontra a realidade que exatamente gostaria, já que começa a morar em um internato de freiras,e encontra algumas dificuldades na adaptação a vida na Europa, já que esta distante da sua família e do seu país. Na Europa tem as suas primeiras experiências amorosas, as quais se mostram decepcionantes para ela posteriormente. Devido ao seu espírito revolucionário e rebelde, na escola acaba se identificando com jovens que procuravam um estilo de vida contestador dos modelos tradicionais. Principalmente devido ao seu espírito rebelde acaba passando por dificuldades econômicas e sociais. Em viena, com coração desfeito, a solidão e a nostalgia tornam a vida tão difícil para ela que decide voltar ao Irão – o Irão de 1988, após o massacre de presos políticos pelo regime, depois da guerra com o Iraque. Diante da situação do país e das frustrantes situações que enfrentou na Europa, Marjane entra em um retraimento emocional que a faz ficar absorta. É nesse momento que “Deus” com Marx para mostrá-la que a vida continua. A partir daí volta à ativa, decidindo entrar na universidade. Seu espírito revolucionário e contestador a acompanha aonde quer que se encontre; assim não é diferente na universidade, onde defende os direitos femininistas mesmo sendo rechaçada pelo regime. Assim, por meio de atitudes simples, mais expressivas, Marjane mostra o seu espírito revolucionário que também conduzia o seu tio. Devido a esse espírito seus pais a mandam novamente para Europa, depois de intercorrências como a separação do casamento. Vai levando consigo o seu povo para depois alcançar os entranhamentos ideológicos do seu país através da sua arte.

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